Boa tarde galera amada!
Hoje o assunto é sobre aquelas vezes que você principalmente mulher tem se olhado de maneira torturadora no espelho.
Das vezes que você já viu celulite até mesmo no dedão do seu pé.
Você já passou por isso?
Nós mulheres na maioria das vezes somos fortes para quase tudo, mas tem sido muito complicado não ceder as pressões sociais que a sociedade impõe dentro dos padrões de beleza.
Eu trabalho com estética e com mais escuto são aquelas meninas que todos acham linda e são sempre as mais insatisfeitas.
Você pode dizer que uma mulher que trabalha com estética falar sobre isso seja hipócrita. Quem é ela para falar dessas pressões? Ela sobrevive desse meio.
Foi por isso que no início tive muita resistência a querer trabalhar com estética e quem me conhece verdadeiramente estranha.
Eu tive os meus preconceitos, embora eu ainda pense em cursar jornalismo, hoje vejo a estética, se bem usada como uma grande reabilitadora de autoestimas.
Sim, porque as mulheres se setem realmente mais belas com esses procedimentos.
O erro mesmo é prometer resultados impossíveis e alimentar aquela fantasia que a mulher para ser bela precisa ser idêntica a uma celebridade.
Pela história você pode observar que já teve o sucesso das volumosas, das magrinhas e gordinhas.
Hoje são vários padrões de beleza a serem imitados.
O padrão a mulher que escolhe. Em sua expressiva maioria a escolha é aquele que é impossível para ela.
Então para que isso?
Porque não valorizar o seu patrimônio genético?
Porque não mudar seu corpo em primeiro lugar para ser bela para você?
Porque não valorizar a sua essência?
Outro agravante que vem de todo esse culto da perfeição e não valorizar a inteligência. Sim quando um homem te olha na rua ele ver mesmo o que atrai mais o seu olhar. Tesão, desejo é visual. Bumbum é uma preferência nacional.
Mas o dia a dia ?
Mulher você é muito mais do que a sua aparência fala de você.
Você é unica.
As escolhas são sempre suas. Mude sim, mas quando você, só você achar necessário.
Outro aspecto é causa de saúde. São desenvolvidos muitos distúrbios mentais em torno da padronização da beleza.
Eu mesmo me considero uma vítima, nunca cheguei a desenvolver anorexia ou bulimia, no entanto já sofri muito com o meu corpo por ser magra demais.
Ainda sou magra, mas já fui até mais que sou hoje.
Algo que eu descobri é um simples exercício e repetir a frase eu só quero ser bela para mim e dia que eu não tiver bela para mim também interessantes dentro de mim.
Vejam o transtorno que uma personagem que eu criei passou
Era uma vez Lavina uma menina inteligente, sagaz, divertidamente desastrada, com padrões de beleza não extraordinários, mas um poder atrativo no seu olhar.
Ela tinha estatura mediana, pele morena clara, alguns traços indígenas, outros europeus, lábios grossos como uma de afrodecendente.Uma típica mestiça. Corpo normal, bumbum arrebitado, cintura marcada, um abdome levemente saliente. Bem levemente saliente.
Seu sonho era ganhar o mundo viajar, conhecer lugares, encontrar um alguém que fosse envelhecer com ela.
Lavina encontrou um príncipe que tinha um rosto de artista de novela, mas um abdome um pouco avantajado, sabe aquela popular barriguinha de shop. Assim era Renan. Esse rapaz era educado, as vezes um pouco romântico, mas algumas vezes parecia o Shureke era verdadeiro ogro quando contrariado.
Nossa heroína também quando se irritava era como uma onça pintada.
A vida dela era comum e muito feliz. A moça frequentava cinema, assistia stand up, as vezes um filminho na casa do namorado. Comia alimentos saudáveis, mas não abria mão da sua pipoquinha, de um chocolate e as vezes algumas massas. Tinha amigas.
Quando de repente algo mudou. Seria uma fraqueza? Um distúrbio para algum tipo de vício? Ninguém sabe explicar como a cabeça da Lavina mudou tanto.
Tudo começou em um dia que ela passará por uma banca de jornal e viu uma moça de cintura muito fina na capa de uma revista sendo apreciada por vários marmanjos e despertando a inveja das mulheres e de algumas adolescentes como ela. Ela se sentiu um pouco incomodada, mas o que deixou nossa heroína triste mesmo foi uma conversa com sua amiga sobre a moça tão deslumbrante e escultural da capa.
-Sabe Lavina, eu queria ser exatamente assim.
-Eu não Rosangela. O Renan me ama bem do jeitinho que eu sou.
-Sei se passar uma assim ele vai ficar babando de queixo caído.
-Não ele me ama.
-Homem tem muito tesão pelo visual. Não se engana bobinha. Se ele ver uma dessas te dar um chute na bunda e tem mais homem é muito esperto se fala que gosta de você exatamente assim é para que você enbarangue cada vez mais e os carinhas não ficarem olhando para mulher dele e ele olhando na cara de pau para mulher dos outros.
- Eu conheço o meu Renan ele é bem diferente desses ai.
-Diferente! Diferente nada! Homens são todos iguais.
-Eu discordo!
-Ah! Você que sabe. Eu sei que já comecei a ir em uma nutricionista, me matriculei em uma academia. Estou fazendo, jump, ergometria, ginástica localizada. Malhando os meus músculos abdominais excetos oblíquos para não ganhar medidas. Também estou em uma clinica de estética fazendo gessoterapia, liocavitação, drenagem, edermo. To juntando com a mesada e um bico de baba que eu to fazendo. Ah pedi um dinheiro para minha mãe, outro madrinha e se tudo isso não der certo quando eu completar 18 eu arranco minhas costelas.
-Nossa!
Lavina fingiu que nem estava ligando para conversa, mas no fundo estava depressiva. É bem legal se cuidar, mas tudo com equilíbrio, sem querer ser ninguém.
Os primeiros sintomas foram as brigas constantes com Renan por puro ciume. Ela nem se quer assistia mais filmes com ele. Todas as atrizes, cantoras, eram mais belas e interessantes que ela na sua concepção.
Sua amiga Rosangela estava conquistando um corpo escultural, enquanto ela estava normal. Mal sabia ela que aquela postura de sua amiga também escondia uma menina insegura, totalmente problemática.
A jovem estava desenvolvendo bulimia. Ela as vezes não aguentava a vontade de comer doces. As maquiagens mascaravam suas olheiras e o seu rosto que na verdade transmitia pouca saúde.
Embora Lavina estivesse frustrada. O que começou a desencadear a obsessão por um corpo perfeito foi a morte do seu pai.
Renan foi muito companheiro nesse momento complicado, mas para se distrair Lavina entrou em uma academia próxima a sua casa. Dai começou a fazer vários procedimentos estéticas, fazer dietas malucas, usar espartilho. Não ter outro assunto se não a sua aparência.
O rendimento escolar de Lavina despencou.
Passou em torno de um ano e meio e Lavina conquistou as suas curvas tão desejadas.
Renan de certa forma apreciava, mas ao mesmo tempo sentia falta daquela menina, alegre, inteligente, descontraída e de olhar naturalmente reluzente que ele se apaixonou.
Passou uns 2 anos e Rosangela morreu a moça desenvolveu anoroxia nervosa também, foi parando de se alimentar, começou a fumar cigarros, tomar detergente e alguns remédios para emagrecer. Foi internada e teve falência múltipla dos órgãos.
Lavina conheceu algumas meninas lindas, saudáveis que se cuidavam com equilíbrio, mas infelizmente não era uma dessas.
Passado o tempo ela começou a se inspirar nas mulheres saradas, musculosas. Acreditou que estava mais na moda e além disso não levaria a morte.
No começo Lavina só malhava, tomava suplemento, fazia dieta normal de hipertrofia muscular. Depois começou partir para os esteroides. Chegou a ficar com a voz um tanto masculina.
Depois descobriu que ser negra estava na moda. A escritora desse texto aqui admira muito a beleza negra, mas Lavina era mestiça não negra. Seus cabelos era levemente ondulados e sua pele não era tão escura.
Ela começou a usar black, se torrar no sol, usar batões que deixassem seus lábios ainda mais carnudos. Malhava muito os seus glúteos, aplicou algumas substancias neles, usava espartilhos e as técnicas mais variadas para manter aquela silhueta curvilínea.
Mas as mais branquinhas achavam uma bizarrice, já as negras um perfeito deboche e tinha gente que morria de rir. Ela passou até mesmo por insolação, também fez bronzeamento artificial.
"Renan brincava vem cá minha neguinha"Renan via tudo sempre com bom humor, embora fosse trágico, mas as vezes era meio cômico mesmo.
Um tempo passou e ela começou a imitar as top models aquelas belas loiras de olhos azuis, brancas, de lábios rosados, magreza e altura escandalosa. É muito lindo para quem nasce assim. Ela tentava se equilibrar nos saltos e tomava vários tombos, saia tropeçando nas coisas, ficava muito desengonçada com aqueles saltos
Ela se tratou com psiquiatras, psicólogos , parecia está curada, mas começou a imitar a mulher índia. Alisou mais ainda seus cabelos pintou de preto, usava penas nos cabelos e as vezes nas orelhas. Arriscou até falar um pouco de Tupi Guarani. Acreditou que era moda ser como as primeiras habitantes do Brasil.
Logo Lavina também começou a querer a imitar as nordestinas e até falava" oxente"
Depois viu que era bem legal a gordinha que se aceitava. Começou a comer muitos doces, gorduras, refrigerantes. Renan achou até divertida essa fase da sua agora esposa, mas ela ficou desequilibrada. Engordou muito e ainda aumentou suas taxas de glicemia, colesterol se tornou uma sedentária.
Resultado agora pela sua saúde ela tinha que emagrecer.
Bem foram longos os tratamentos e nem se sabe exatamente o nome dessa patologia que a Lavina desenvolveu, mas ela ficou praticamente curada.
Como contava muitas calorias, dedicou-se ao mundo dos cálculos e se tornou uma grande matemática. Ela ficou proibida de olhar revista, de beleza, corpo ou moda. Seu corpo voltou mais ou menos a forma natural.
E Renan em sua homenagem escreveu um livro com um título Diário da loucura feminina. Um livro cheio de humor, drama que contava através da ficção a história de sua amada.
O casal não foi o mais feliz de todos, mas aprenderam a felicidade possível, o amor possível e porque não a beleza real e possível?
Esse texto e muitos outros você encontra no Recanto das letras
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=74428
Encerro com um vídeo do Felipe Neto, nem tudo concordo com ele, mas achei esse vídeo bem legal.
Abraços galera!
Hoje o assunto é sobre aquelas vezes que você principalmente mulher tem se olhado de maneira torturadora no espelho.
Das vezes que você já viu celulite até mesmo no dedão do seu pé.
Você já passou por isso?
Nós mulheres na maioria das vezes somos fortes para quase tudo, mas tem sido muito complicado não ceder as pressões sociais que a sociedade impõe dentro dos padrões de beleza.
Eu trabalho com estética e com mais escuto são aquelas meninas que todos acham linda e são sempre as mais insatisfeitas.
Você pode dizer que uma mulher que trabalha com estética falar sobre isso seja hipócrita. Quem é ela para falar dessas pressões? Ela sobrevive desse meio.
Foi por isso que no início tive muita resistência a querer trabalhar com estética e quem me conhece verdadeiramente estranha.
Eu tive os meus preconceitos, embora eu ainda pense em cursar jornalismo, hoje vejo a estética, se bem usada como uma grande reabilitadora de autoestimas.
Sim, porque as mulheres se setem realmente mais belas com esses procedimentos.
O erro mesmo é prometer resultados impossíveis e alimentar aquela fantasia que a mulher para ser bela precisa ser idêntica a uma celebridade.
Pela história você pode observar que já teve o sucesso das volumosas, das magrinhas e gordinhas.
Hoje são vários padrões de beleza a serem imitados.
O padrão a mulher que escolhe. Em sua expressiva maioria a escolha é aquele que é impossível para ela.
Então para que isso?
Porque não valorizar o seu patrimônio genético?
Porque não mudar seu corpo em primeiro lugar para ser bela para você?
Porque não valorizar a sua essência?
Outro agravante que vem de todo esse culto da perfeição e não valorizar a inteligência. Sim quando um homem te olha na rua ele ver mesmo o que atrai mais o seu olhar. Tesão, desejo é visual. Bumbum é uma preferência nacional.
Mas o dia a dia ?
Mulher você é muito mais do que a sua aparência fala de você.
Você é unica.
As escolhas são sempre suas. Mude sim, mas quando você, só você achar necessário.
Outro aspecto é causa de saúde. São desenvolvidos muitos distúrbios mentais em torno da padronização da beleza.
Eu mesmo me considero uma vítima, nunca cheguei a desenvolver anorexia ou bulimia, no entanto já sofri muito com o meu corpo por ser magra demais.
Ainda sou magra, mas já fui até mais que sou hoje.
Algo que eu descobri é um simples exercício e repetir a frase eu só quero ser bela para mim e dia que eu não tiver bela para mim também interessantes dentro de mim.
padrões de beleza pelo mundo |
Vejam o transtorno que uma personagem que eu criei passou
Diário da loucura feminina
Já diria um antigo ditado a beleza está nos olhos de quem ver. Entretanto o conceito de belo muda conforme a história e mudanças sociais. Acredite já houve um tempo que corpos roliços eram pintados e as nossas gordinhas eram verdadeiras musas. Hoje as magras, esguias, as muito esculturais ou as musculosas são as consideradas belas. Você sabe que belo? Eu não sei e será que nossa protagonista sabe?Era uma vez Lavina uma menina inteligente, sagaz, divertidamente desastrada, com padrões de beleza não extraordinários, mas um poder atrativo no seu olhar.
Ela tinha estatura mediana, pele morena clara, alguns traços indígenas, outros europeus, lábios grossos como uma de afrodecendente.Uma típica mestiça. Corpo normal, bumbum arrebitado, cintura marcada, um abdome levemente saliente. Bem levemente saliente.
Seu sonho era ganhar o mundo viajar, conhecer lugares, encontrar um alguém que fosse envelhecer com ela.
Lavina encontrou um príncipe que tinha um rosto de artista de novela, mas um abdome um pouco avantajado, sabe aquela popular barriguinha de shop. Assim era Renan. Esse rapaz era educado, as vezes um pouco romântico, mas algumas vezes parecia o Shureke era verdadeiro ogro quando contrariado.
Nossa heroína também quando se irritava era como uma onça pintada.
A vida dela era comum e muito feliz. A moça frequentava cinema, assistia stand up, as vezes um filminho na casa do namorado. Comia alimentos saudáveis, mas não abria mão da sua pipoquinha, de um chocolate e as vezes algumas massas. Tinha amigas.
Quando de repente algo mudou. Seria uma fraqueza? Um distúrbio para algum tipo de vício? Ninguém sabe explicar como a cabeça da Lavina mudou tanto.
Tudo começou em um dia que ela passará por uma banca de jornal e viu uma moça de cintura muito fina na capa de uma revista sendo apreciada por vários marmanjos e despertando a inveja das mulheres e de algumas adolescentes como ela. Ela se sentiu um pouco incomodada, mas o que deixou nossa heroína triste mesmo foi uma conversa com sua amiga sobre a moça tão deslumbrante e escultural da capa.
-Sabe Lavina, eu queria ser exatamente assim.
-Eu não Rosangela. O Renan me ama bem do jeitinho que eu sou.
-Sei se passar uma assim ele vai ficar babando de queixo caído.
-Não ele me ama.
-Homem tem muito tesão pelo visual. Não se engana bobinha. Se ele ver uma dessas te dar um chute na bunda e tem mais homem é muito esperto se fala que gosta de você exatamente assim é para que você enbarangue cada vez mais e os carinhas não ficarem olhando para mulher dele e ele olhando na cara de pau para mulher dos outros.
- Eu conheço o meu Renan ele é bem diferente desses ai.
-Diferente! Diferente nada! Homens são todos iguais.
-Eu discordo!
-Ah! Você que sabe. Eu sei que já comecei a ir em uma nutricionista, me matriculei em uma academia. Estou fazendo, jump, ergometria, ginástica localizada. Malhando os meus músculos abdominais excetos oblíquos para não ganhar medidas. Também estou em uma clinica de estética fazendo gessoterapia, liocavitação, drenagem, edermo. To juntando com a mesada e um bico de baba que eu to fazendo. Ah pedi um dinheiro para minha mãe, outro madrinha e se tudo isso não der certo quando eu completar 18 eu arranco minhas costelas.
-Nossa!
Lavina fingiu que nem estava ligando para conversa, mas no fundo estava depressiva. É bem legal se cuidar, mas tudo com equilíbrio, sem querer ser ninguém.
Os primeiros sintomas foram as brigas constantes com Renan por puro ciume. Ela nem se quer assistia mais filmes com ele. Todas as atrizes, cantoras, eram mais belas e interessantes que ela na sua concepção.
Sua amiga Rosangela estava conquistando um corpo escultural, enquanto ela estava normal. Mal sabia ela que aquela postura de sua amiga também escondia uma menina insegura, totalmente problemática.
A jovem estava desenvolvendo bulimia. Ela as vezes não aguentava a vontade de comer doces. As maquiagens mascaravam suas olheiras e o seu rosto que na verdade transmitia pouca saúde.
Embora Lavina estivesse frustrada. O que começou a desencadear a obsessão por um corpo perfeito foi a morte do seu pai.
Renan foi muito companheiro nesse momento complicado, mas para se distrair Lavina entrou em uma academia próxima a sua casa. Dai começou a fazer vários procedimentos estéticas, fazer dietas malucas, usar espartilho. Não ter outro assunto se não a sua aparência.
O rendimento escolar de Lavina despencou.
Passou em torno de um ano e meio e Lavina conquistou as suas curvas tão desejadas.
Renan de certa forma apreciava, mas ao mesmo tempo sentia falta daquela menina, alegre, inteligente, descontraída e de olhar naturalmente reluzente que ele se apaixonou.
Passou uns 2 anos e Rosangela morreu a moça desenvolveu anoroxia nervosa também, foi parando de se alimentar, começou a fumar cigarros, tomar detergente e alguns remédios para emagrecer. Foi internada e teve falência múltipla dos órgãos.
Lavina conheceu algumas meninas lindas, saudáveis que se cuidavam com equilíbrio, mas infelizmente não era uma dessas.
Passado o tempo ela começou a se inspirar nas mulheres saradas, musculosas. Acreditou que estava mais na moda e além disso não levaria a morte.
No começo Lavina só malhava, tomava suplemento, fazia dieta normal de hipertrofia muscular. Depois começou partir para os esteroides. Chegou a ficar com a voz um tanto masculina.
Depois descobriu que ser negra estava na moda. A escritora desse texto aqui admira muito a beleza negra, mas Lavina era mestiça não negra. Seus cabelos era levemente ondulados e sua pele não era tão escura.
Ela começou a usar black, se torrar no sol, usar batões que deixassem seus lábios ainda mais carnudos. Malhava muito os seus glúteos, aplicou algumas substancias neles, usava espartilhos e as técnicas mais variadas para manter aquela silhueta curvilínea.
Mas as mais branquinhas achavam uma bizarrice, já as negras um perfeito deboche e tinha gente que morria de rir. Ela passou até mesmo por insolação, também fez bronzeamento artificial.
"Renan brincava vem cá minha neguinha"Renan via tudo sempre com bom humor, embora fosse trágico, mas as vezes era meio cômico mesmo.
Um tempo passou e ela começou a imitar as top models aquelas belas loiras de olhos azuis, brancas, de lábios rosados, magreza e altura escandalosa. É muito lindo para quem nasce assim. Ela tentava se equilibrar nos saltos e tomava vários tombos, saia tropeçando nas coisas, ficava muito desengonçada com aqueles saltos
Ela se tratou com psiquiatras, psicólogos , parecia está curada, mas começou a imitar a mulher índia. Alisou mais ainda seus cabelos pintou de preto, usava penas nos cabelos e as vezes nas orelhas. Arriscou até falar um pouco de Tupi Guarani. Acreditou que era moda ser como as primeiras habitantes do Brasil.
Logo Lavina também começou a querer a imitar as nordestinas e até falava" oxente"
Depois viu que era bem legal a gordinha que se aceitava. Começou a comer muitos doces, gorduras, refrigerantes. Renan achou até divertida essa fase da sua agora esposa, mas ela ficou desequilibrada. Engordou muito e ainda aumentou suas taxas de glicemia, colesterol se tornou uma sedentária.
Resultado agora pela sua saúde ela tinha que emagrecer.
Bem foram longos os tratamentos e nem se sabe exatamente o nome dessa patologia que a Lavina desenvolveu, mas ela ficou praticamente curada.
Como contava muitas calorias, dedicou-se ao mundo dos cálculos e se tornou uma grande matemática. Ela ficou proibida de olhar revista, de beleza, corpo ou moda. Seu corpo voltou mais ou menos a forma natural.
E Renan em sua homenagem escreveu um livro com um título Diário da loucura feminina. Um livro cheio de humor, drama que contava através da ficção a história de sua amada.
O casal não foi o mais feliz de todos, mas aprenderam a felicidade possível, o amor possível e porque não a beleza real e possível?
Esse texto e muitos outros você encontra no Recanto das letras
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=74428
Abraços galera!
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